O teu sofrimento é a minha dor
É o reflexo da minha incapacidade
É minha culpa, meu pecado-mor
É dor que extingue a mocidade
És a criança que carrego comigo
No mais íntimo deste meu ser
E que não confesso a nenhum amigo
És o tudo do nada que não quero ter
Esse sofrimento que te atormenta
E que insiste matar-me lentamente
É o mesmo que a minha vida alimenta
E adormece cá dentro, calmamente!
O teu desamparo é o meu desnorte
A sombra desta minha perdição
Desta vida que já perdeu o norte
E que partilha assim esta maldição
Na verdade não existo sem ti
E por mais que negues o óbvio
Acabas por te encontrar em mim
És o meu vício e eu o teu ópio
Waldir Araújo
Thursday, February 16, 2006
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