Abraço-te e perco-me em viagens
O teu corpo é o meu continente
O refúgio de mil e uma miragens
O meu eterno sinal intermitente
Fecho os olhos e viajo contigo
Juntos na estrada do prazer
Esse nosso estar é um ritual antigo
É uma dádiva, um eterno querer
É num silêncio que tudo acontece
Um silêncio docilmente ruidoso
E lá fora, lentamente, anoitece
O tempo escoa-se em ritmo vagaroso
Regressamos pela madrugada
E connosco vem a cumplicidade
A satisfação na cara estampada
E o sentir da palavra felicidade
Waldir Araújo
Thursday, April 27, 2006
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